Esse mês entramos numa polêmica, o livro didático (Por Uma Vida Melhor) distribuído nas escolas de EJA (Ensino de Jovens e Adultos) do país pelo MEC. No livro há exemplos do falar "errado" do português, a certa altura um aluno pergunta a professora "Eu posso falar 'os livro'? Claro que pode." A professora explica aos alunos as variações de fala do brasileiro e que há na sociedade que "pode" e "não pode" falar desse jeito, que na parte dominante, isso é, os ricos, usam a forma culta e quando estão nesse meio devem usar a norma culta.
Hãhã, eu discordo completamente com esse livro, não que eu não ache que há a forma "popular" do falar do brasileiro, eu gosto da ideia da linguística, tanto que minha monografia na faculdade será sobre, eu não concordo com isso ir para as escolas, pois na faculdade onde há pessoas estudando para nível superior, para ensinar, e não conseguem compreender e nem aceitar ou respeitar essa ideia do falar "errado" tá certo, como pessoas que estão na escola para aprender, vão aprender o que não esta na gramática, tudo bem que muita coisa não é usada no dia a dia, mas isso não é coisa para escola, isso não é para adolescentes que já não aprendem a escrever e ler direito pelo déficit que há nas escolas, se começarmos a aceitar que pessoas que deveriam aprender o certo falarem errado, segundo a norma culta, aí mesmo que não haverá melhora alguma na educação, até porque se o falar é certo, a escrita também terá que ser, e o português se transformará em uma linguagem primitiva onde só "nóis intendi nóis mermo i é isso aí!"
Não, eu não quero isso para meus sobrinhos, eu não quero isso para a nova geração de brasileiros, eu não quero ter que corrigir uma redação onde tenho que aceitar a escrita errada porque a fala é aceita oficialmente, escola não é pra ter variações, escola para aprender o certo, até porque o errado já é usado! Eu aceito e respeito o falar popular do português, mas nas escolas tem que ser o culto.
"[...]Ela também leva estudantes universitários de português e pedagogia a reflexões importantes sobre a maneira como as pessoas utilizam a linguagem em diferentes lugares e estratos sociais. Mas, utilizada de maneira torta num livro didático como Por Uma Vida Melhor, e misturada a um blá-blá-blá ideológico sobre “preconceito” e “classes dominantes”, essa abordagem é nada menos que um desatino, propagando a ideia de que a norma culta e a educação formal são fardos aos quais as pessoas devem ser curvar por imposição social, e não pelos benefícios que elas propiciam."
Fonte: Revista Veja
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