Há
algumas semanas assisti ao longa metragem “Hoje eu quero voltar sozinho”,
derivado do curta “Eu não quero voltar sozinho”, já que conheço há algum tempo. Não sei por quê não postei sobre ele aqui, se gosto muito do curta. Mas estou
aqui para falar do longa.
Assim
como o curta, no Longa Leonardo (Guilherme Lobo) é um adolescente cego que
busca sua liberdade, porém ele tem uma mãe superprotetora que acha que por ele
ser cego, deve ter limitações em tudo que faz. Leonardo não teve seus
sentimentos despertos, mas, sua melhor amiga há anos, Giovana (Tess Amorim), sim. E tudo muda
em suas vidas quando Gabriel (Fabio Audi) chega à cidade e à escola.
Imagem: Google Imagens
O amadurecimento dos três jovens é o
tema central do longa. Com delicadeza Daniel Ribeiro soube como discorrer a
história onde um jovem teria tudo para ser um pessoa rancorosa, mas leva a vida
leve e animada, além de saber lidar muito bem em se aceitar em uma questão bem
delicada, sua sexualidade. Suas histórias são desenroladas ao decorrer do filme
e não narradas, deixando-os livre de uma crônica como outra qualquer. E a homoafetividade
encarada como natural pela maioria das personagens.
Não há previsibilidade em seus
paradigmas e para quem tem a sensibilidade à flor da pele, sentirá o quanto é
humano a poética do não ver do filme, aflorando todos os sentimentos presentes
no filme, onde a amizade, fidelidade e amor crescem.
Imagem: Google Imagens
Hoje eu não quero voltar sozinho
estreou num festival de Berlim, e como não poderia deixar de ser, estreou no
Brasil com 2 prêmios, e já ganhou outro prêmio nos EUA, e pela beleza
cinematográfica da atualidade brasileira, ganhará muitos outros, assim como o
curta que é premiadíssimo pelo mundo.
Enquanto
você não pode ver o filme, já que estreou apenas em algumas capitais do Brasil,
delicie-se com o curta, para quem não conhece, e quem conhece, saboreie-o
novamente.